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Santo Dias

Um mártir operário

Biografia

Santo Dias da Silva

(1942-1979)

Santo Dias nasceu no dia 22 de fevereiro de 1942 no município de Terra Roxa, interior de São Paulo. Nessa época, ele já participava de atividades religiosas da Igreja Católica. Enquanto viveu em Terra Roxa, trabalhou como meeiro em diversas fazendas, sendo expulso com sua família de uma delas, por conta de sua participação na luta por melhores condições de trabalho. 

Em 1962, Santo Dias se mudou para Santo Amaro, zona sul da capital paulista. No ano seguinte, consegue um emprego na indústria Metal Leve, e, após a falta de perspectiva de crescimento dentro da empresa, começa a sua luta dentro do movimento sindical.

Em 1969, Santo se muda para o Jardim Santa Margarida, mais ao sul de São Paulo, no atual distrito do Jardim Ângela. Lá, desenvolveu um papel importante como líder comunitário, participando de ações como o Movimento Custo de Vida. Na Igreja Católica, Santo participava, dentre outras coisas, da atual Pastoral Operária e da Comunidade Eclesial de Base local. 

No dia 30 de outubro, durante um piquete na Fábrica Sylvania, também na Zona Sul, Santo Dias é assassinado por um policial militar.  

As lutas de Santo

Sindicalismo

Movimento Custo de Vida

Pastoral Operária

Liderança comunitária

 Santo Dias participou ativamente do Sindicato dos Metalúrgicos.

 Chegou a ser vice-presidente da chapa Oposição Sindical Metalúrgica, no ano de 1978. Na época, Santo e sua chapa faziam fortes críticas ao peleguismo presente no sindicato, liderado pela chapa de Joaquim Santos Andrade.

 Participou da organização de diversas greves e foi perseguido pelo Governo da época, dentro do contexto da Ditadura Militar, por sua participação na luta pelos trabalhadores, chegando a ser demitido por empresas que conheciam suas ações. 

 Santo era conhecido por seu aspecto carismático e, ao mesmo tempo, combativo.

 Ao lado de sua esposa Ana, Santo Dias participou do Movimento Custo de Vida. 

 Esse movimento lutava contra o aumento do custo de vida vivido na década de 70, em plena Ditadura Militar.

 O movimento surgiu de dentro do Clube de Mães, tendo Ana como uma das fundadoras. Santo ajudou a difundir a iniciativa dentro do sindicato, da Igreja Católica e em seu bairro, lugares em que possuía uma liderança importante.

 Um dos pontos mais altos do Movimento se deu com o abaixo-assinado de 1,3 milhão de assinaturas direcionado ao presidente da época, que exigia a redução dos preços dos produtos básicos. A apresentação desse documento aconteceu em uma assembleia na Praça da Sé, que contou com cerca de 20 mil pessoas.

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 Desde a época em que viveu no interior de São Paulo, Santo já participava das atividades da Igreja Católica.

 Dentro dela, participou da atual Pastoral Operária, uma pastoral social que defende os interesses dos trabalhadores, bem como a aproximação da Igreja com eles, através da evangelização e reflexão.

 A Pastoral Operária surgiu em um contexto de difusão das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), na qual Santo também participou. As CEBs são organizadas por cristãos a fim criar vínculos com as comunidades locais, através da leitura bíblica articulada com a reflexão sobre a realidade local e social. 

 Todos os movimentos que Santo participou tiveram uma importante relação com o território que viveu. 

 As CEBs, por essência, já pressupunham essa relação com a realidade local. O Movimento Custo de Vida surgiu justamente dentro do território em que Santo morou. E, por estar dentro do sindicato, Santo também conseguiu ajudar diversos companheiros da sua região.

 Assim. Santo era reconhecido pelo seu envolvimento com a comunidade a partir da Igreja Católica e do sindicato. 

As lutas de Santo

MEMÓRIA E HOMENAGENS: O QUE FICA DE SANTO DIAS?

 A morte de Santo Dias gerou uma grande comoção à época, marcada por uma grande manifestação no cortejo de seu enterro, na Praça da Sé. 

 O julgamento do assassinato do operário também foi acompanhado pela população de forma significativa. 

 Santo foi homenageado por diversas instâncias e instituições, levando seu nome a parques, praças, pontes, escolas, cursinhos, prêmios etc. Em 1984, foi lançado um documentário chamado Santo e Jesus, metalúrgicos, que conta com imagens e vídeos do próprio Santo e fala da repercussão de suas ações e de seu assassinato. 

 Uma das pontes mais conhecidas da Zona Sul, a Ponte do Socorro, leva o nome do operário. Há também, na comunidade de Vila Remo, uma praça com seu nome. Desde 2014, um dos polos da Rede Ubuntu de Cursinhos Populares também carrega o nome de Santo Dias, como seu patrono. Essas e outras homenagens foram realizadas na Zona Sul de São Paulo, importante território para Santo, que viveu por lá.

 O nome dele também foi postulado em um prêmio anual de Direitos Humanos, realizado pela Assembleia Legislativa de São Paulo. Em 2018, o Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos completou a 21ª edição. Nessa mesma linha, a Arquidiocese de São Paulo também homenageou o operário com a criação do Centro Santo Dias de Direitos Humanos, um núcleo que visa defender os DHs regionais de diversas comunidades.

 Um dos grupos mais significativos que atuam na preservação da memória do líder comunitário é o Comitê Santo Dias, que se reúne periodicamente e organiza anualmente a Semana Santo Dias, que possui uma série de homenagens ao operário. Todo ano, no dia da morte de Santo, acontece um ato em memória ao operário em frente ao local em que ele foi assassinado.  

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DIA 28/09 (sábado)

  • 1º Seminário de Territorialização do Currículo da cidade de São Paulo - Oficina sobre Santo Dias

  • CEU Casa Blanca: Rua João Damasceno, 85 - Jd. Paulista / 8h às 12h --- Participação de Luciana Dias

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DIA 05/10 (sábado)

  • Bate-papo: Por que Santo Dias foi assassinado? Caminhada da classe trabalhadora nos últimos 40 anos: avanços e retrocessos

  • Caritas Arquidiocesana de São Paulo: Rua José Bonifácio, 107 - 3º andar, no auditório (próx. à Estação Sé) / 09h às 13h

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DIA 13/10 (domingo)

  • Rede Ubuntu - Cursinho Popular Santo Dias: Aula sobre o território e Santo Dias seguida de caminhada da Paróquia Santos Mártires até o Parque Santo Dias

  • Paróquia Santos Mártires: Rua Luís Baldinato, 09 - Jd. Sônia Regina / 08h

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DIA 16/10 (quarta-feira) 

  • Mesa e lançamento da 2ª edição do livro "Santo Dias: quando o passado se transforma se em História" 

  • CEDEM - UNESP: Praça Sé, 108 / 19h --- Participação de Luciana Dias e Jô Azevedo (autoras do livro)

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DIA 19/10 (sábado)

  • Rede Ubuntu - Cursinho Popular Santo Dias: Debate "Memórias da Ditadura na América Latina": resistência e luta.

  • Paróquia Santos Mártires: Rua Luís Baldinato, 09 - Jd Sônia Regina / 09h --- Participação de Padre Jaime e Rafael Cícero    

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DIA 19/10 (sábado)

  • "Autor na praça" - Lançamento da 2ª edição do livro "Santo Dias: quando o passado se transforma se em História"

  • Praça Benedito Calixto / 14h --- Participação de Luciana Dias e Jô Azevedo (autoras do livro)

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DIA 19/10 (sábado)

  • Sarau dos Mártires

  • Instituto Cultural de Trabalhadores/as da Zona Sul: Rua Antônio Foster, 100 - Vila Socorro / 18h --- Participação de Vicente

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DIA 22/10 (terça-feira)

  • "40 anos de lutas e memória: Santo Dias presente!" - Mesa e lançamento da 2ª edição do livro "Santo Dias: quando o passado se transforma se em História"

  • Universidade de São Paulo - USP (Auditório de Geografia da FFLCH): Av. Prof. Lineu Prestes, 338 – Cidade Universitária / 18h às 21h --- Participação de Luciana Dias, Anaclara, Profº Marcos Napolitano (História) e Profª Simone Scifoni (Geografia)

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DIA 23/10 (quarta-feira) 

  • Mesa e lançamento da 2ª edição do livro "Santo Dias: quando o passado se transforma se em História"

  • Escola de Contas: Av. Prof. Ascendino Reis, 1130 – próx. à Estação AACD-Servidor / 19h --- Participação de Ana Dias e Santinho

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DIA 26/10 (sábado)

  • 40ª Missa dos Mártires

  • Casa da Solidariedade: Rua Gravi, 60 – próx. à Estação Praça da Árvore / 10h --- Participação de Santinho

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DIA 26/10 (sábado)

  • Mesa e lançamento da 2ª edição do livro "Santo Dias: quando o passado se transforma se em História"

  • Memorial da Resistência: Largo General Osório, 66 /14h 

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DIA 26/10 (sábado)

  • Ato em memória dos mártires por ocasião dos 40 anos do assassinato de Santo Dias

  • Sindicato dos Condutores: Av. São José, 488 (São José dos Campos) – Jd. Bela Vista – próx. à Rodoviária Velha)

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DIA 27/10 (domingo)

  • Missa em homenagem a Santo Dias

  • Paróquia Santos Mártires: Rua Luís Baldinato, 09 - Jd. Sonia Regina / 8h --- Participação de Padre Jaime e Santinho

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SEMANA SANTO DIAS 2019

DIA 30/10 (quarta-feira)

  • Ato em frente à antiga fábrica Sylvania e celebração no Cemitério Campo Grande

  • Rua Quararibéia, altura do nº 200 / 14h

DIA 31/10 (quinta-feira)

  • Debate sobre Paulo Freire

  • CEDECA (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente) / 10h --- Participação de Ana Dias

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DIA 01/11 (sexta-feira)

  • Roda de conversa sobre Santo Dias

  • Colégio Santa Maria: Av. Sargento Geraldo Sant'Ana, 901 - Jd. Taquaral

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DIA 02/11 (sábado)

  • 24ª Caminhada pela Vida e pela Paz - saída de pontos diferentes até o Cemitério São Luiz

  • Encontro na Paróquia Santos Mártires: Rua Luís Baldinato, 09 / 08h

  • Encontro no CDHEP (Centro de Direitos Humanos e Educação Popular): Rua Dr. Luís da Fonseca Galvão, 180

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DIA 03/11 (domingo)

  • Missa dos Mártires

  • Paróquia Santos Mártires: Rua Luís Baldinato, 09 / 08h --- Participação do Padre Jaime e Santinho

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DIA 09/11 (sábado)

  • Roda de Conversa

  • EMEI Santo Dias da Silva: Praça Michel Mattar, s/n / 10h

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DIA 23/11 (sábado)

  • Lançamento da 2ª edição do livro "Santo Dias: quando o passado se transforma se em História"

  • Instituto Cultural de Trabalhadores/as da Zona Sul: Rua Antônio Foster, 100 - Vila Socorro / 10h

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